21 dezembro 2021

Resenha: Protetor Solar Facial Mineral FPS 35, da Souvie

Cresci nos anos 1970 e 1980, e fui apresentada ao padrão de beleza da época, no qual o ideal era ter a pele bem bronzeada, queimada de sol. Sempre vivi em cidades litorâneas, fui à praia com frequência quando era bebê e na infância fiz aulas de natação por vários anos, geralmente sem usar protetor solar. Na adolescência, a utilização de filtro solar se tornou mais comum na minha família, mas ainda assim ocorria somente quando íamos a uma cachoeira, à praia ou à piscina.

Antes tarde do que nunca, porém todo o excesso de sol sem proteção adequada que eu havia tomado quando era bebê, criança e adolescente já tinha ficado registrado na minha pele, sob a forma de sardas. Comecei a tentar usar mais filtro solar no final da adolescência, às vezes com mais sucesso e às vezes com menos, e a partir do ano 2000 passei a ir à praia e à piscina apenas esporadicamente. Me divirto quando vou, mas não tenho vontade de fazer essas atividades tanto quanto antes. Desde então, procuro evitar os horários de sol forte, entre 10h e 16h.

Protetor Solar Facial Mineral FPS 35
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Felizmente, nos últimos anos estou mais disciplinada e uso protetor solar no rosto, no pescoço e nas orelhas todos os dias, mesmo quando não saio de casa, porque o apartamento onde moro recebe muita claridade e eu fico longas horas exposta à luz azul que é emitida pela tela do computador e de outros aparelhos eletrônicos.

Um ponto que sempre é ressaltado na questão da utilização de filtro solar é a quantidade aplicada. Não adianta passar só um pouco, porque desse modo o fator de proteção solar indicado no rótulo não será alcançado, e a pele continuará desprotegida. Por outro lado, praticamente todos os filtros solares que já experimentei — tanto os convencionais quanto os naturais — deixaram meu rosto brilhante quando coloquei uma quantidade maior, e algumas vezes o efeito era duplo: pele brilhante e esbranquiçada. Um jeito de contornar esse problema é usar um pó facial com cor logo após passar o protetor solar, mas em determinados casos nem isso funciona.

Fiquei impressionada com o Protetor Solar Facial Mineral FPS 35, um novo produto da marca brasileira Souvie. Além de ser o primeiro protetor solar orgânico certificado pela Ecocert Greenlife no Brasil e possuir o selo Cosmos Organic, este filtro físico oferece proteção contra raios UVA, raios UVB e luz visível, apresenta FPS 35 e PA+++, é elaborado com óxido de zinco não-nano, não contém ingredientes de origem animal, não foi testado em animais, conta com ativos calmantes e antioxidantes, como o extrato de babosa e o bisabolol, é rapidamente absorvido, proporciona um toque seco e cumpre totalmente a promessa de não deixar resíduos brancos na pele. É seguro para os corais, e o fornecedor do óxido de zinco não-nano é membro da Coral Reef Alliance. Este filtro solar é hipoalergênico e dermatologicamente testado. Não tem perfume.

Me surpreendeu muito o acabamento agradável, que deixa a pele sequinha, nem um pouco brilhosa e nem esbranquiçada, mesmo passando bastante filtro solar. Não sinto nenhuma necessidade de passar pó facial logo em seguida e nem depois.

A consistência deste protetor solar é de loção cremosa, a tonalidade é branca e a textura é homogênea. No instante da aplicação, o rosto fica branco e ganha uma aparência e uma sensação de pele fresca e úmida, mas em dois a três minutos o filtro se torna completamente transparente e o rosto realmente não fica melado. Até neste calor de fim de ano, aqui no Rio de Janeiro, a minha pele mista e atópica tem permanecido sem excesso de oleosidade e sem irritações. Além de tudo isso, o produto é fácil de reaplicar e não transfere.

Perguntei ao SAC da Souvie se o Protetor Solar Facial Mineral FPS 35 poderia ser utilizado nos lábios e ao redor dos olhos, e me responderam que sim. Estou muito satisfeita com o resultado nessas áreas também. Fica confortável nos lábios e não incomoda os olhos. Passo hidratante no rosto, em volta dos olhos e no pescoço antes do filtro solar, e uso protetor labial depois do filtro solar. No rosto, a marca recomenda a utilização da quantidade obtida ao se apertar a válvula do protetor solar até o final. Tiro mais uma quantidade equivalente para passar no pescoço, nas orelhas e na parte do colo que estiver exposta no dia.

A embalagem é reciclável, resistente, prática e bonita; ótima para transportar na bolsa ou na mochila e reaplicar o filtro solar fora de casa. O tubo é feito de alumínio, pintado com um tom de areia, tem uma válvula de plástico branco e uma tampa de plástico incolor. O metal bloqueia a passagem de luz do ambiente para o produto e a válvula reduz a possibilidade de elementos externos contaminarem o filtro solar. Vem em uma caixinha de papel na cor salmão, com delicados detalhes vermelhos e dourados, lacrada e impressa com todas as informações pertinentes, incluindo instruções para o uso correto e orientações sobre reaplicação.

A lista de ingredientes é 99,7% natural, 100% vegana e 47,8% proveniente da agricultura orgânica. Não contém parabenos, óleo mineral, silicone, petrolatos, fragrância sintética, corantes, ftalatos, sulfatos. Copiei a composição logo a seguir, acrescentando os termos correspondentes em português.
Pelargonium graveolens flower water* / água floral de gerânio*, zinc oxide / óxido de zinco, undecane / undecano, caprylic/capric triglyceride / triglicerídeo caprílico/cáprico, tridecane / tridecano, propanediol / propanodiol, silica / sílica, polyglyceryl-6 polyhydroxystearate / poligliceril-6 poli-hidroxiestearato, pentylene glycol / pentilenoglicol, magnesium sulfate / sulfato de magnésio, polyhydroxystearic acid / ácido poli-hidroxiesteárico, polyglyceryl-6 polyricinoleate / poligliceril-6 poli-ricinoleato, Aloe barbadensis leaf juice* / sumo de folha de babosa*, pullulan / pululano, fructose / frutose, xantham gum / goma xantana, tocopherol / tocoferol, aqua / água, bisabolol* / bisabolol*, polyglycerin-6 / poliglicerina-6, glycerin / glicerina, sorbitol / sorbitol, sodium benzoate / benzoato de sódio, Withania somnifera root extract* / extrato de raiz de ginseng indiano, benzoic acid / ácido benzoico, trehalose / trealose, Acacia senegal gum / goma acácia, potassium sorbate / sorbato de potássio, citric acid / ácido cítrico.
* Ingrediente proveniente da agricultura orgânica.
Lançado oficialmente em 29/11/2021, estava disponível para pré-venda desde 16/11/2021, com um desconto especial. Comprei uma unidade nessa fase de pré-venda, e gostei tanto que comprei mais uma unidade logo em seguida, para a minha filha adolescente, que também passa filtro solar todos os dias. Estou usando o Protetor Solar Facial Mineral FPS 35 diariamente, há 28 dias. Atualmente está custando R$170,00, e vem com 60g. A validade é de 24 meses. A empresa recomenda que o produto seja utilizado dentro de 12 meses a partir da data de abertura do frasco.

A marca Souvie foi lançada em 2015, por Caroline Villar e Breno Bittencourt. Tudo se iniciou com um grande interesse por saboaria natural, um hobby que começou a inspirar ideias de empreendedorismo. Quando Caroline engravidou de trigêmeos, encontrou poucas opções nacionais de cosméticos com ingredientes seguros para gestantes e para bebês. Assim foi idealizada a Souvie, que hoje conta com uma ampla gama de produtos, divididos em ciclos da vida: Materna, Recém-nascido, Bebê, Kids, 18/25, 25/45, 45/60, Homem 18/50, Linha Viva e Linha Solar.

Todos os hidrolatos e óleos essenciais dos produtos da Souvie são cultivados, colhidos e destilados na Fazenda São Benedito, uma propriedade dos sócios que fica localizada em Bom Sucesso de Itararé, no interior do estado de São Paulo. A fazenda é certificada pelo IBD e reconhecida pela Ecocert. Nesse município, a fazenda mantém um espaço no qual é feito um trabalho de cuidado social, voltado para as crianças que moram na cidade. Lá elas recebem alimentação, atividades oferecidas no contraturno escolar e serviço odontológico.

Todos os produtos da marca são certificados orgânicos e são feitos em uma fábrica própria, situada em Itupeva, interior de São Paulo. A estrutura foi projetada para favorecer o uso de luz natural, reduzindo muito o consumo de luz elétrica. A água da chuva é captada e utilizada nas descargas e na irrigação do jardim. A Ecocert Greenlife audita todo o processo de fabricação e avalia também os fornecedores das matérias-primas.

As embalagens dos produtos da Souvie são compostas primordialmente de alumínio, tratado de forma a não haver interação entre o metal e o conteúdo. Quando as embalagens não são desse material, elas são de vidro. Todos os cartuchos são feitos de papel, assim como as caixas de presente e a sacolas.

Em vez das convencionais proteções feitas de plástico, as caixas das encomendas são recheadas com fibrilha de algodão, um material natural, compostável e biodegradável que costuma ser descartado pela indústria têxtil. Às vezes um pouquinho de fibrilha entra na caixa de algum produto, mas é bem pouco mesmo, e não vejo um grande problema nisso.

Já entrei em contato com a empresa por telefone (0800 777 4593), WhatsApp (11 94002-3552) e email (sac@souvie.com.br), e em todas as vezes fui atendida com muita simpatia e eficiência. Sou cliente da Souvie desde o início de 2019. Compro para mim mesma, para minha filha e para presentear. Todos os meus pedidos têm sido entregues com muita rapidez.

Souvie vem se expandindo, e conta com pontos físicos de venda e parcerias com outras lojas, além de comercializar seus produtos no exterior. De todo modo, o mercado brasileiro continua sendo o foco principal. A empresa cria promoções interessantes com regularidade, divulgadas nas redes sociais e em newsletters enviadas por email, tem um programa de pontos e oferece um desconto na primeira compra, com o seguinte cupom: BEMVINDO. A loja virtual (https://www.souvie.com.br/) faz envios para todo o Brasil.

14 junho 2021

Resenha: cremes Hidratação Intensa Lavanda e Hidratação Intensa Capim-Limão, da Alma Lavada

Já se tornou um hábito: logo antes de dormir, passo o creme Hidratação Intensa Lavanda, da marca brasileira Alma Lavada, nas mãos, nos braços e nos cotovelos. Tem sido assim desde setembro de 2020, e esse gesto proporciona hidratação e conforto para a minha pele seca, além de relaxar a cabeça com a presença do óleo essencial de lavanda na formulação. Faz parte da rotina noturna da minha filha também. Nós duas gostamos tanto desse produto que atualmente estamos usando o nosso terceiro pote, e já compramos mais um.

Hidratação Intensa Lavanda, da Alma Lavada
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O creme contém duas manteigas vegetais, benéficas para a pele e provenientes de manejo sustentável na Amazônia: manteiga de cupuaçu e manteiga de cacau. De consistência espessa e cor bem clara, tem ótima absorção e é fácil de aplicar.

Usamos esse produto desde a sua versão anterior, que contava também com manteiga de murumuru. A versão atual substituiu a manteiga de murumuru pelo óleo de semente de girassol, prensado a frio. Gosto muito da manteiga de murumuru, e fiquei contente em perceber que essa alteração não diminuiu a eficácia do cosmético.

A fórmula também inclui água deionizada, e o equilíbrio entre esse elemento aquoso e as manteigas de cacau e de cupuaçu, além do óleo de girassol, faz com que a minha pele atópica fique realmente hidratada e nutrida, por um tempo prolongado. Isso é especialmente importante no clima mais seco e frio do outono do Rio de Janeiro, quando as peles secas e as peles sensíveis tendem a sofrer mais. Nessa época, tenho usado o creme Hidratação Intensa Lavanda também nos joelhos e nas pernas (áreas nas quais tenho maior tendência ao ressecamento), capricho nas cutículas e nas unhas, e eventualmente aplico o creme durante o dia também.

A lista de ingredientes é natural e vegana. Está copiada a seguir, conforme consta no rótulo. O produto não é testado em animais.

Água deionizada, manteiga de cupuaçu, manteiga de cacau, óleo de girassol, cera emulsificante, álcool cetílico, glicerina vegetal, óleo essencial de lavanda, vitamina E, conservante livre de parabenos, óleo-resina de alecrim.

A cera emulsificante utilizada é o Olivem 1000, composto de olivato de cetearila (cetearyl olivate) e olivato de sorbitano (sorbitan olivate) e aprovado pela Ecocert para cosmética natural. O conservante livre de parabenos é o Nipaguard, que consiste numa mistura de caprilato de sorbitano (sorbitan caprylate), propanodiol (propanediol) e ácido benzoico (benzoic acid) e também é aprovado pela Ecocert para cosmética natural. Todas essas substâncias possuem a melhor nota de segurança na base de dados do EWG (Environmental Working Group).

A marca oferece também o creme Hidratação Intensa Capim-Limão. A lista de ingredientes é a mesma, mas no lugar do óleo essencial de lavanda consta o óleo essencial de capim-limão.

Água deionizada, manteiga de cupuaçu, manteiga de cacau, óleo de girassol, cera emulsificante, álcool cetílico, glicerina vegetal, óleo essencial de capim-limão, vitamina E, conservante livre de parabenos, óleo-resina de alecrim.

Na minha compra mais recente, perguntei se haveria a possibilidade de experimentar uma amostra desse creme com capim-limão. Recebi uma boa amostra, sem custo, e estou gostando muito de usar essa versão também.

Alma Lavada indica o creme Hidratação Intensa Lavanda para peles secas e sensíveis, e recomenda o creme Hidratação Intensa Capim-Limão para peles normais a secas. No primeiro, o perfume natural de lavanda é bastante presente, mas aparece de forma mais suave em comparação com o segundo, que apresenta o perfume natural de capim-limão com uma intensidade mais marcante.  

Tanto o creme Hidratação Intensa Lavanda quanto o creme Hidratação Intensa Capim-Limão custam R$68,00 e vêm em pote reciclável, de vidro transparente, com 150ml de creme, tampa branca de metal e rótulo de papel, graciosamente decorado. O prazo de validade é de 6 meses. O rendimento é muito bom. Uma pequena quantidade de produto é suficiente para cada parte do corpo.

Ambos são produzidos artesanalmente em Paty do Alferes, no estado do Rio de Janeiro, e enviados diretamente pela marca Alma Lavada, pelo Correio, para todo o Brasil. No caso da cidade do Rio de Janeiro, há entregas semanais, feitas por um motoboy. Os pedidos são feitos por WhatasApp. O catálogo e o número para contato estão disponíveis em https://linktr.ee/alma.lavada. Os sistemas de pagamento e de entrega são muito organizados. 

Os cremes e as loções hidratantes foram os primeiros produtos lançados pela Alma Lavada, e sua origem está ligada a uma questão pessoal de uma de suas fundadoras, Maíra Palha, que convivia com dermatite atópica desde a adolescência e queria criar algo que cuidasse da pele de forma eficiente e natural. Mais informações sobre a sua trajetória e as práticas da empresa, que ela dirige junto com seu marido Matheus Sanches, já foram publicadas no texto “Resenha: Óleo Corporal Lua Cheia, da Alma Lavada”.

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“Resenha: Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier, da Najel (sabão de Alepo com 40% de óleo de bagas de loureiro)”
“Meu relato sobre dermatite atópica e o uso de produtos naturais com ingredientes orgânicos”

17 maio 2021

Resenha: Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier, da Najel (sabão de Alepo com 40% de óleo de bagas de loureiro)

A família Al Najjar produz o autêntico sabão de Alepo desde 1895, seguindo um processo ancestral, passado de geração em geração. A fábrica se localiza na cidade de Alepo, no norte da Síria. No ano de 1996, em Lion, na França, o jovem médico sírio Manar Najjar e a estudante de direito francesa Catherine Elia decidiram se casar e criaram a marca Najel, cujo nome resulta da contração dos dois sobrenomes. Além disso, a palavra “najel” significa “filho”, em árabe. Atualmente, os produtos da Najel são distribuídos em 27 países. O empreendimento é voltado para a produção e a distribuição não apenas dos famosos sabões de Alepo, mas também de uma ampla linha de produtos naturais e orgânicos, desenvolvidos e fabricados no Laboratoire Najjar, um laboratório próprio situado em Lion. A maioria deles é certificada pela Ecocert, seguindo o padrão Cosmos.

Savon d'Alep 40% Huile de Baies de Laurier, da Najel
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Em 2017, duas amigas foram para Paris e me trouxeram um sabão de Alepo de lembrança de viagem (obrigada mais uma vez, Leila e Izabel!). Era o Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier (Sabão de Alepo 40% Óleo de Bagas de Loureiro, em português), dessa marca francesa Najel, e esse foi o meu primeiro contato com esse tipo tão especial de sabão.

Verso do Savon d'Alep 40% Huile de Baies de Laurier, da Najel
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Totalmente natural, o genuíno sabão de Alepo não contém fragrância sintética, corantes e conservantes. Há vários séculos, o processo de saponificação do óleo de oliva e do óleo de bagas de loureiro se mantém inalterado. Em Alepo, Samer Najjar, irmão de Manar Najjar, supervisiona a produção sazonal e artesanal do sabão, desde a colheita das olivas e das bagas de loureiro até o final da secagem dos blocos de sabão, uma etapa que leva longos 9 meses para ser finalizada.

Copiei a seguir a lista de ingredientes que consta no rótulo, e incluí a tradução de cada termo.

Sodium olivate (olivato de sódio), sodium laurate (laurato de sódio), aqua (water / água), glycerin (glicerina), sodium chloride (cloreto de sódio), sodium hydroxide (hidróxido de sódio).

A seção de perguntas frequentes do site da marca informa que a glicerina decorre do processo de saponificação, não é adicionada artificialmente. O uso da água, do cloreto de sódio e do hidróxido de sódio está detalhado na seção ao final desse texto. 

Segundo o site da Najel, quanto maior for a concentração de óleo de bagas de loureiro, maior será a sua capacidade de acalmar peles irritadas e com problemas como psoríase, eczema (dermatite atópica), acne e dermatose. A máxima concentração possível de óleo de bagas de loureiro é de 40%, e esse óleo vegetal é apreciado por suas propriedades desinfetantes e regeneradoras. Já a descrição do óleo de oliva saponificado menciona que ele possui um grande poder de limpeza, ao mesmo tempo que nutre, protege e amacia a pele.

site da empresa avisa que tanto o Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier quanto o Savon dAlep 30% Huile de Baies de Laurier só devem ser usados ocasionalmente. Como esses dois tipos não são recomendados para uso diário, a marca sugere alternar a utilização desses sabonetes com concentração de 30% e 40% de óleo de bagas de loureiro com um sabonete com baixa concentração desse óleo. A Najel oferece cinco concentrações de óleo de bagas de loureiro: 4%, 5%, 12%, 30% e 40%, além de uma opção com 100% de óleo de oliva (sem óleo de bagas de loureiro).

A espuma do Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier é agradável, de bolhas pequenas, e limpa muito bem. Como a minha pele atópica e seca tem estado geralmente saudável nos últimos anos, não tenho como falar sobre o efeito desse sabonete numa pele em crise. Vale lembrar que faço aplicações completas de loção hidratante após cada banho, sem exceção. Achei ótimo também como sabonete íntimo, e bastante adequado para a minha pele do rosto, que é madura e mista.

Usando-o como xampu sólido, tive a bela surpresa de notar que ele deixou o meu cabelo muito brilhante. Meus fios são compridos, lisos, normais no comprimento, com tendência à oleosidade na raiz. A sensação que ficou no couro cabeludo foi de limpeza e conforto.

O cheiro do produto é intenso, seco, ligeiramente áspero, diferente de todos os outros sabonetes que já experimentei. Às vezes chega a ser um pouco peculiar demais para mim, pois não costumo gostar de aromas fortes em geral. De todo modo, creio que parte desse estranhamento se deve à minha falta de familiaridade com esse tipo de sabonete, que não faz parte do nosso cotidiano no Brasil.

O sabonete é firme, fácil de usar. Deixado num local arejado após o banho, em uma saboneteira com boa drenagem de água, ele seca bem. Sua durabilidade é bastante longa.

Uma característica que acho muito bonita no Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier é o seu interior verde esmeralda, um tom mais carregado da cor do rótulo. A área externa desse sabonete é toda marrom, mas quando ele é cortado ao meio pode-se ver que por dentro ele é bem verdinho. Costumo dividir meus sabonetes antes de começar a usá-los, pois o tamanho menor facilita o manuseio. O contraste entre o marrom da parte externa e o verde da parte interna é admirável. Seu aspecto me faz pensar em cerâmica rústica.

Achei o Savon d’Alep 40% Huile de Baies de Laurier tão interessante que depois o comprei, em novembro de 2018, na loja virtual Ecco Verde (https://www.ecco-verde.co.uk/). Dei o endereço de uma amiga que mora em Londres e ia passar o Natal aqui no Rio; ela trouxe esse e outros sabonetes da Najel na bagagem (obrigada novamente, Mariana!). Também seria possível pedir que a encomenda fosse entregue diretamente na minha casa, pois a Ecco Verde entrega em vários países, incluindo o Brasil.

Nessa loja estrangeira, o sabonete é denominado Aleppo Soap 40% BLO, sendo BLO a sigla de Bay Laurel Oil (Óleo de Louro). Está custando £8,80. Os preços vão diminuindo conforme a concentração de óleo de bagas de loureiro se reduz. O Savon d’Alep 5% Huile de Baies de Laurier, por exemplo, sai a £4,60. É uma pena que o câmbio atualmente tenha sido tão desfavorável para compras no exterior. O sabonete que fotografei para esta resenha veio com o peso de 200g e estava embrulhado em plástico incolor e transparente, com um rótulo de papel. Sua validade era de 18 meses após a abertura da embalagem.

PROCESSO DE PRODUÇÃO DO SABÃO DE ALEPO

site da Najel descreve o processo de produção (hot process) do sabão de Alepo, que se inicia com o aquecimento de água e hidróxido de sódio num grande caldeirão. O óleo de oliva virgem é adicionado, e a mistura é mantida em temperatura alta e controlada por 12 horas. No dia seguinte, o conteúdo do caldeirão é aquecido novamente e é acrescido do óleo de bagas de loureiro, previamente filtrado. A saponificação é a consequência de uma reação química natural, ocorrida entre os óleos vegetais e o hidróxido de sódio.

A pasta remanescente é lavada diversas vezes com água salgada, para remover todos os traços de substâncias cáusticas. A água é retirada do caldeirão e reciclada. A pasta de sabão é espalhada numa grande bacia. Uma vez solidificada, é cortada em blocos. Cada bloco é carimbado à mão com a marca Najel.

Os blocos são empilhados em pallets e mantidos em porões ventilados, ao abrigo da luz solar, e ficam curando por 9 meses. Nesse longo período de secagem, o sabão de Alepo vai perdendo água e sua superfície se oxida. A coloração da parte externa se torna amarela, podendo chegar a tonalidades marrons. O centro de cada bloco permanece verde. Ao final da cura, os sabões de Alepo são limpos, embalados, encaixotados e despachados.

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06 outubro 2020

Resenha: Óleo Corporal Acalmar, da Península

Quando conheci o catálogo da marca carioca e artesanal Península, os produtos feitos com óleo essencial de vetiver imediatamente atraíram a minha atenção. Encomendei o Óleo Corporal Acalmar, e ele logo se tornou uma peça indispensável na minha rotina de preparação para dormir. Traz uma tranquilidade terrosa e profunda como as raízes do vetiver, doce e perfumada como as flores da lavanda, fresca e radiante como as laranjas maduras. É um deleite olfativo, um óleo aromaterápico que melhora imensamente o meu estado de espírito.

Resenha: Óleo Corporal Acalmar, da Península
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Sua aplicação no corpo deixa a pele mais lisa e flexível. Estou notando uma grande diferença positiva, principalmente nos ombros, com 21 dias de utilização. Associado a automassagem, também alivia muito a sensação de peso que de vez em quando tenho nas pernas. No âmbito fisiológico, de acordo com a Aromaterapia, a sinergia desse produto conta com óleos essenciais que beneficiam peles secas e maduras, estimulam a renovação celular, apresentam propriedades anti-inflamatórias e regulam a retenção de líquidos.

Os óleos vegetais de amêndoa doce e de semente de uva, usados para diluir os óleos essenciais de vetiver, lavanda e laranja doce, fazem com que esse óleo de massagem tenha uma absorção muito boa. Eles também acrescentam ao produto as suas propriedades terapêuticas específicas.

Feito à mão, o Óleo Corporal Acalmar é 100% naturaltotalmente vegetal e cruelty-free. Copiei abaixo a composição informada pela marca.
Óleo de amêndoa doce, óleo de semente de uva*, óleo essencial de vetiver, óleo essencial de lavanda, óleo essencial de laranja doce, oleorresina de alecrim.

* Ingrediente orgânico.

O óleo de semente de uva e os óleos essenciais de vetiver e de laranja doce são de origem brasileira, um ponto muito importante na valorização da produção local de alta qualidade. O óleo de semente de uva é certificado orgânico pela Ecocert. O óleo essencial de lavanda vem da Bulgária.

Além de usar o Óleo Corporal Acalmar para fazer massagens antes de adormecer, gosto de começar o processo bem antes, inalando o aroma do produto em eventuais pausas no decorrer do dia e misturando o óleo à loção hidratante que passo no corpo todo logo após o banho do início da noite. Tento levar a intenção de imprimir tranquilidade ao dia como um todo, em vez de limitar sua presença a um único momento.

Gestantes, lactantes, crianças, idosos e todas as pessoas cuja saúde requeira algum cuidado adicional devem confirmar suas escolhas de produtos de higiene, perfumes e cosméticos com um(a) bom(a) profissional da área médica.

A embalagem é de vidro azul escuro, reciclável, com capacidade para 50ml e uma tampinha de metal dourado. O rótulo nas cores violeta e cinza se destaca por sua elegância. Comprei por R$45,00. A validade foi estipulada em 4 meses, embora esse óleo de massagem possa permanecer bom para uso por mais tempo. De todo modo, é mais interessante utilizar qualquer produto quando ele está fresco.

O frescor, por sinal, é uma característica muito presente na dinâmica de produção da Península. Cada cliente faz a sua encomenda por email (universopeninsula@gmail.com) ou por mensagem privada no Instagram (@__peninsula), efetua o pagamento por transferência bancária e recebe os produtos no seu endereço, numa data previamente comunicada. O atendimento é feito com muito carinho, atenção e simpatia. Atualmente, o catálogo deve ser solicitado por email; no futuro, ele ficará disponível para consulta direta.

Usar um cosmético que foi feito sob demanda, no mesmo dia da entrega ou poucos dias antes, é uma experiência especial. Essa experiência pode ser mais única ainda: além dos produtos fixos, a marca aceita pedidos personalizados, elaborando sinergias exclusivas e voltadas para desejos e necessidades particulares. Os itens que podem ser preparados de maneira individualizada são os óleos corporais, os cremes corporais, os perfumes terapêuticos e os sprays de ambiente.

Por enquanto, nesses tempos de pandemia, as entregas estão sendo realizadas apenas na cidade do Rio de Janeiro, mas já há clientes solicitando entregas em outras cidades, e a marca está planejando a viabilização desses envios.

Península foi idealizada por Laura Leite, no Rio de Janeiro. Formada em Serviço Social pela UFRJ, não exerceu a profissão; mesmo assim, essa graduação foi uma base importante para a sua trajetória. Trabalhou em diversos setores da área de Comunicação: algumas edições do Festival do Rio, Secretaria de Estado de Cultura, empresa distribuidora e programadora de audiovisual, assessoria de imprensa. Também estudou fotografia e fez alguns trabalhos nessa área. No final de 2016, saiu do seu último emprego. Estava decidida a fazer alguma coisa com as mãos, e passou três meses em Lisboa, onde fez dois workshops no Ar.co — Centro de Arte e Comunicação Visual.  

No início de 2017, começou a aprender cerâmica no Ateliê Taciana Amorim e se apaixonou pelo fazer manual. Já usava produtos naturais na limpeza da casa e cosméticos naturais em si mesma há bastante tempo, e quis entender mais sobre como eles são feitos. Aprendeu saboaria com Fernanda Telles e Alcir Blondet, uma experiência decisiva. Fez um curso de aromaterapia, adquiriu insumos e equipamentos, produziu sabões e cosméticos para si mesma e para presentear, fez mais cursos.

Lançou uma versão de teste da marca em 2018, passou a vender a preços baixos para amigas e amigos, pedindo retornos críticos para aperfeiçoar os produtos. Em 2019 se mudou para um imóvel maior, fez sua primeira participação numa feira em março de 2020, a Feira Fluida, e foi selecionada para a Feira Colmeia. O movimento de aprimoramento com outros cursos de formação continua acontecendo até hoje.

A bela identidade visual da Península foi criada pela designer Luiza Aché, uma grande amiga da Laura Leite. Representada em linhas puras e cores singulares, a Península foi oficialmente lançada logo em seguida, em dezembro de 2019.

Todas as matérias-primas são naturais ou aprovados para cosmética verde. Cada ingrediente utilizado na Península é cuidadosamente selecionado, de acordo com suas propriedades e a qualidade do trabalho de seus fornecedores. Muitos deles são produtores nacionais: manteigas e óleos vegetais provenientes da Amazônia — prensados a frio, extraídos de forma sustentável, sem pesticidas e fertilizantes —, óleos essenciais e hidrolatos cultivados também sem pesticidas e destilados em fazendas localizadas no interior do estado de São Paulo. Todos os óleos essenciais, hidrolatos, óleos e manteigas vegetais são puros, sem essências sintéticas.

Com exceção do bálsamo labial, que contém cera de abelha de manejo sustentável, todos os produtos são veganos e vêm em embalagens de vidro ou embrulhados em papel celofane de origem vegetal. Nenhum produto é testado em animais. As embalagens de vidro são retornáveis, e sua devolução gera um desconto na compra seguinte.

Por coincidência, Laura é uma leitora de longa data do Tantas Plantas. Trocamos uma porção de emails em 2014 e 2015, período no qual ela estava começando a pesquisar sobre cosmética natural. Já em agosto de 2020, entrei no perfil da Península no Instagram e me interessei muito pelos produtos. Ao ler elogios de clientes, encontrei o sobrenome que ela usava anteriormente, na época da nossa correspondência, e me dei conta de que a pessoa que fazia todos aqueles itens era justamente aquela leitora! Fiquei muito contente em ver que ela havia fundado uma marca de alquimias naturais e objetos de cerâmica. Já comprei alguns produtos e estou vendo ótimos resultados.

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21 setembro 2020

Resenha: Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru, da Trópica Botânica

Sempre penso em banhos como intervalos restauradores na sucessão de tarefas do dia a dia, por nos possibilitarem um olhar atento ao nosso corpo inteiro e um mergulho em nossos próprios sentimentos. Nesses momentos tão importantes de higiene e autocuidado, o sabonete tem um papel fundamental. Para mim, a melhor opção em tempos conturbados como a época atual tem sido o Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru, da marca brasileira e vegana Trópica Botânica. O uso desse sabonete tem me trazido uma verdadeira sensação de serenidade e bem-estar a cada banho.

Sabonete Leite de Coco, Melaço e Cumaru, da Trópica Botânica
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

O trecho abaixo, copiado da embalagem do produto, o descreve com exatidão.
“Delicado no aroma e na textura, o Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru hidrata e suaviza a pele, deixando um toque macio e aveludado. A combinação de óleo de castanha-do-pará, leite de coco, melaço agroecológico orgânico e extrato de favas de cumaru proporciona às barras um aroma doce e abaunilhado.”
A versão anterior desse sabonete, que se chamava Sabonete Vegetal Leite de Aveia, Melaço e Cumaru, já me agradava muito, e a recomprei diversas vezes, ao longo de quase três anos. Em fevereiro de 2020, a Trópica Botânica comunicou em redes sociais que o leite de aveia seria substituído pelo leite de coco. No aviso, a marca explicou que, apesar de ser naturalmente isenta de glúten, no Brasil a aveia geralmente é processada junto ao trigo, à cevada e ao centeio, sofrendo contaminação cruzada. Quem tem doença celíaca, além de não poder ingerir glúten, não pode ter contato tópico com glúten, devido ao risco de que esse contato desencadeie um quadro de dermatite herpetiforme, e por isso Ana N. BrunettiOkauê Moretto (o casal de fundadores da empresa) decidiram fazer a substituição.

Mantenho um pequeno estoque particular dos itens que uso com mais frequência, então comprei a nova versão apenas alguns meses depois. Achei que o produto ficou ainda melhor, e posso dizer que o Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru é o meu preferido, entre as opções de sabonete da Trópica Botânica. O leite de coco, na minha opinião, tornou a espuma e o aroma ainda mais deliciosos.

Algumas clientes da marca são celíacas, e a aveia era o único ingrediente utilizado que poderia ter contaminação por glúten. Mesmo com a higienização adequada do laboratório entre cada produção, restaria algum risco de contaminação, ainda que mínimo. Na busca por um substituto, o objetivo era usar um leite vegetal que adicionasse cremosidade à espuma, fosse preferencialmente de origem nacional e tivesse um aroma residual após a saponificação que fosse sinérgico com o extrato de cumaru. Chegaram ao leite de coco, e escolheram como fornecedor a Annora, uma pequena fábrica de bebidas vegetais cujo produto principal é justamente o leite de coco, sem metabissulfito de sódio (um aditivo comumente acrescentado ao coco seco vendido por atacado) e nem qualquer outro ingrediente nocivo que eles não queriam que estivesse presente em seus produtos.

Admiro imensamente a responsabilidade, a criatividade e a transparência da Ana e do Okauê, sempre dedicados a aperfeiçoar seus itens de biocosmética orgânica e saboaria natural, e sempre atentos às especificidades da cadeia produtiva.

A composição do Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru é 100% natural e vegana, com 52,13% de ingredientes provenientes de agricultura orgânica. A lista de ingredientes é apresentada no padrão internacional INCI e em português, tanto na embalagem do sabonete quanto no site da empresa. A marca não faz testes em animais.
Elaeis guineensis oil* / óleo de palma*, Elaeis guineensis kernel oil* / óleo de palmiste*, Helianthus annuus seed oil* / óleo de girassol*, aqua / água, sodium hydroxide / hidróxido de sódio, Bertholletia excelsa nut oil** / óleo de castanha-do-pará**, Cocos nucifera extract / leite de coco, Dypterix odorata extract** / extrato de cumaru**, Saccharum officinarum extract* / melaço de cana-de-açúcar*, Rosmarinus officinalis leaf extract / oleorresina de alecrim.
* Cultivo orgânico.
** Extrativismo sustentável.
O óleo de palma utilizado é obtido de forma sustentável e rastreada, com certificado RSPO (Roundtable for Sustainable Palm Oil). O hidróxido de sódio, necessário para a saponificação de todos os sabonetes em barra e xampus sólidos elaborados com ingredientes de origem natural, é completamente consumido durante a fabricação, portanto não há resíduos dessa substância no produto final.

Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru não contém óleos essenciais. Seu aroma adocicado e leve é trazido pelo extrato de cumaru, feito à mão no próprio laboratório da marca, em Curitiba, a partir de favas de cumaru partidas e imersas por algumas semanas em óleo de girassol. Posteriormente, o óleo é filtrado, a parte sólida é compostada e o extrato é utilizado para aromatizar esse sabonete. Gosto tanto do cheiro desse produto que frequentemente durmo com ele por perto, sobre a minha mesinha de cabeceira.

Indicado para todos os tipos de pele, esse sabonete promove uma limpeza muito eficiente e ao mesmo tempo não agride a pele. Uso-o em toda parte: no corpo, no rosto e como sabonete íntimo (somente na área externa, claro) — inclusive quando a minha pele encontra-se mais sensível. Eventualmente faço depilação com lâmina e lavo meu cabelo com ele também. Sempre testo os sabonetes naturais no cabelo, para descobrir quais podem funcionar desse jeito. Aprecio bastante o resultado do Sabonete Vegetal Leite de Coco, Melaço e Cumaru como xampu sólido, embora o meu favorito para essa finalidade seja mesmo o Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, também da Trópica Botânica. Meu cabelo é longo, liso, do tipo normal, com tendência à oleosidade na raiz. Minha pele é madura e atópica, sendo seca no corpo e mista no rosto.

Esse sabonete é produzido artesanalmente, pelo método natural de saponificação a frio (cold process). Tem o formato de uma barra de pelo menos 130g (um peso maior que o dos sabonetes de várias outras marcas), com uma agradável coloração pálida. Sua consistência é bem firme, com um toque ameno na pele. O rendimento é excepcional, desde que o sabonete seja cortado ao meio e seja mantido fora do contato com a água quando não estiver em uso. A outra metade da barra pode ser guardada na sua própria embalagem de papel reciclado.

A validade é de 18 meses. Está custando R$20,50. As compras são feitas online e a marca faz entregas em todo o Brasil, pelo correio. O site é muito completo, harmonioso e fácil de navegar. O atendimento aos clientes é prestado de um modo especialmente claro e gentil, por meio do email contato@tropicabotanica.com.br. As encomendas possuem código de rastreamento e são embrulhadas sem plástico. Sempre que possível, as compras são acompanhadas de amostras.

O cupom TRPC1010% de desconto no site da Trópica Botânica. É de uso único, mas não precisa necessariamente ser utilizado na primeira compra.

Recomendo muito as informações e as reflexões publicadas na newsletter e no blog da marca, além do perfil no Instagram.

Mais informações sobre a empresa e seus fundadores já foram publicadas no texto “Resenha: Creme Facial, da Trópica Botânica”.

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13 setembro 2020

Resenha: Óleo Corporal Lua Cheia, da Alma Lavada

A marca brasileira Alma Lavada foi uma das minhas melhores descobertas em 2020. Fundada em 2017 pelo casal Maíra Palha e Matheus Sanches, em Paty do Alferes, no estado do Rio de Janeiro, a empresa se apresenta como “uma marca de cosméticos naturais e artesanais que surgiu da necessidade incontrolável de viver uma vida mais respeitosa com a nossa natureza interior, o nosso planeta e os outros seres que aqui habitam”.

Óleo Corporal Lua Cheia, da Alma Lavada
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Um cosmético que me chamou a atenção desde o primeiro momento é o Óleo Corporal Lua Cheia, pela sua história e pela sua composição. No início da pandemia de covid-19, Maíra ficou bastante abatida, e Matheus formulou a sinergia utilizada nesse óleo aromaterápico para ajudá-la. Na descrição do produto no Instagram, ela explica que essa sinergia foi “criada para invocar potência, abundância, desejo pela vida, expressão do ser autêntico”. Maíra o batizou de Lua Cheia, e ele passou a fazer parte do catálogo da Alma Lavada em julho de 2020.

A composição é vegana, cruelty-freeorgânica e totalmente natural:
Óleo de semente de uva*, óleo essencial de alecrim, óleo essencial de pimenta rosa, óleo essencial de ylang ylang, oleorresina de alecrim.
* Ingrediente orgânico. 
O óleo de semente de uva é certificado orgânico pela Ecocert. Confere uma cor ambarada ao produto final. Deixa a pele acetinada, sem a sensação de excesso de oleosidade de alguns óleos vegetais mais pesados, é rapidamente absorvido e tem um toque muito agradável.

O óleo essencial de ylang ylang nunca esteve entre os meus favoritos, mas achei que a sinergia desse óleo de massagem poderia ser interessante. A combinação do óleo essencial de ylang ylang com os óleos essenciais de alecrim e pimenta rosa resultou num aroma instigante, exótico e tonificante. Sinto que ele me proporciona um ânimo diferente, um impulso que me auxilia a iniciar, desenvolver e concluir tarefas que vinham sendo repetidamente adiadas. Tem me trazido mais energia, constância e concentração.

Estou fazendo automassagem com o Óleo Corporal Lua Cheia no início da tarde, às vezes escolho o período da manhã. Me dedico mais às áreas do pescoço, da nuca, do peito e dos ombros.

De vez em quando também adiciono um pouco do óleo à loção hidratante a ser usada logo após o banho, e passo nos lugares em que a minha pele é mais seca: pernas, coxas e cotovelos. Costumo fazer esse tipo de mistura no inverno, nos dias em que a umidade relativa do ar encontra-se mais baixa.

A marca menciona que o Óleo Corporal Lua Cheia pode ser utilizado como reparador de pontas. Já que o meu cabelo é liso e não está ressecado, não adotei esse modo de aplicação, pois finalizadores em óleo geralmente dão um aspecto meio colado aos meus fios. Mesmo assim, esse produto pode atuar muito bem como reparador de pontas em cabelos com outras características.

No meu cabelo, preferi usar o óleo para fazer umectação, deixando uma pequena quantidade agir no meio do comprimento e nas pontas, por pelo menos meia hora, antes de lavar o cabelo. Os fios se tornaram mais macios e bonitos. Ficaram também ainda mais lisos do que normalmente já são.

Esse óleo corporal não é indicado para gestantes e pessoas hipertensas.

O rótulo foi encomendado ao Ateliê Ciranda, localizado na pacata cidade de Miguel Pereira. O trabalho das idealizadoras do ateliê, Isabel Svoboda e Carina Carreira, ficou lindo e especialmente delicado.

A embalagem é reciclável, de vidro azul escuro, com 50ml de óleo de massagem, tampa de metal dourado e rótulo de papel. Comprei por R$48,00. O prazo de validade é estimado em 6 a 8 meses, dependendo das condições de armazenamento. O produto deve ser protegido da luz, do calor e da umidade.  

Os pedidos podem ser feitos por WhatsApp; o número para contato está disponível em https://linktr.ee/alma.lavada. Tirei todas as dúvidas que eu tinha com a Maíra, que atende com muita agilidade, precisão e simpatia. A empresa envia para todo o Brasil, pelos Correios, e um motoboy faz entregas semanais na cidade do Rio de Janeiro. Moro no Rio, pude aproveitar essa modalidade e fiquei muito satisfeita com a sua praticidade.

A origem da Alma Lavada está ligada a uma demanda pessoal. Na adolescência, Maíra começou a ter manchas na pele, causadas por ressecamento — um quadro que perdurou por um longo tempo. Recebeu o diagnóstico de dermatite atópica e a recomendação de aplicar hidratantes diariamente, por toda a vida. Experimentou vários hidratantes disponíveis na época, inclusive os mais caros. Aos poucos foi entendendo as composições e pesquisando, até passar a produzir versões naturais, para uso próprio.

Após o nascimento do seu filho, Maíra pediu demissão da empresa na qual trabalhava, para estar perto do bebê. Ela e seu companheiro Matheus fizeram cursos juntos, formações em aromaterapia, formações em terapias corporais. Maíra começou a fazer atendimentos, mas não queria mais ficar na cidade grande.

Ela cresceu no Rio de Janeiro, no entanto vivia numa rua ao pé da floresta da Tijuca, numa casa. Na idade adulta estava morando num apartamento, longe da natureza, e isso não lhe fazia bem, então ela se mudou com Matheus e o filho para um sítio em Paty do Alferes. Fez a formação Gaia Education, na ecovila Terra Una, e um estágio como voluntária na empresa Bhava Biocosméticos. Decidiu criar uma marca para comercializar os hidratantes que ela já preparava para si e para suas amigas. A resposta foi ótima, e Maíra e Matheus elaboraram outros itens.

Todos os produtos são naturais e biodegradáveis, e não são testados em animais. Não contêm parabenos, substâncias derivadas de petróleo e fragrâncias sintéticas, entre outros componentes potencialmente nocivos. São utilizados óleos essenciais ou extratos de plantas em todas as fórmulas. Boa parte deles é adquirida diretamente de fornecedores criteriosamente selecionados e cujas plantações e instalações foram visitadas pessoalmente por Matheus e Maíra. As manteigas vegetais são trazidas por uma distribuidora de matérias-primas amazônicas provenientes de manejo sustentável. Alguns ingredientes são orgânicos, como o óleo de palma, que é proveniente de manejo sustentável também. Quase todas as embalagens são de vidro, além de serem retornáveis.

catálogo da Alma Lavada possui uma variedade bem equilibrada de cosméticos, produtos de higiene e perfumes para o corpo, o rosto, o cabelo e o ambiente. Coincidentemente, eu mesma tenho um histórico de dermatite atópica, controlada com a transição que efetuei para produtos orgânicos e naturais, além de outras práticas relacionadas a um estilo de vida mais saudável, com novas formas de lidar com o estresse. Já escrevi detalhadamente sobre esse assunto em “Meu relato sobre dermatite atópica e o uso de produtos naturais com ingredientes orgânicos”. Contar com uma marca nacional que inclui cosméticos que efetivamente atendem às necessidades da pele atópica tem sido maravilhoso.

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05 setembro 2020

Resenha: Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio, da Fefa Pimenta

No início do mês passado, quando vi que a marca carioca Fefa Pimenta lançou o Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio, fiquei muito interessada e coloquei esse cosmético na minha lista mental de compras futuras. Fechei uma encomenda com outros itens, e para minha surpresa recebi de presente uma unidade justamente desse bálsamo, junto com os sabonetes que eu havia adquirido. Estou usando esse produto há exatamente um mês, todos os dias, e estou gostando tanto do seu efeito que já comprei outra unidade.

Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio, da Fefa Pimenta
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Preparado artesanalmente, pode ser utilizado no corpo, no rosto e no cabelo, e cumpre muito bem a sua proposta de nutrir e dar brilho a peles delicadas, maduras e ressecadas. Esse é o meu caso, e esse bálsamo tem se mostrado extremamente eficaz e versátil, trazendo maciez, tonicidade e regeneração para a pele e o cabelo.

Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio apresenta também os benefícios da aromaterapia. A combinação do óleo essencial de gerânio com o óleo essencial de patchouli e o odor característico do óleo de açaí ao fundo resulta num um aroma floral fantástico, inebriante, almiscarado e estimulante.

Minhas formas favoritas de usar esse produto são:
1. Nas mãos, cutículas e unhas, a qualquer hora do dia ou da noite.
2. No rosto, em massagens nas bochechas e na área ao redor da boca, pouco antes de dormir.
3. No corpo, misturando uma pequena porção do bálsamo ao creme ou à loção hidratante que eu for usar após o banho.
4. No cabelo, fazendo umectação no comprimento dos fios a cada dez dias, aproximadamente.
A formulação foi cuidadosamente desenvolvida para oferecer uma ação emoliente, antioxidante e anti-inflamatória. A lista de ingredientes é 100% natural e vegana, e não é testada em animais. Está informada no rótulo e no site da marca, da forma copiada abaixo.
Manteiga vegetal de cupuaçu, manteiga vegetal de manga, óleo vegetal de açaí, óleo essencial de gerânio, óleo essencial de patchouli.
Tanto a manteiga de cupuaçu quanto o óleo de açaí são oriundos de extrativismo sustentável, e são fornecidos por cooperativas da região Norte do Brasil. Já o óleo essencial de gerânio vem de um pequeno produtor do estado de Minas Gerais.

A consistência do bálsamo é deliciosa: firme o suficiente para se manter estável quando não está em uso, ao mesmo tempo que derrete rapidamente ao entrar em contato com o calor da pele. A coloração é naturalmente bege, com um leve subtom esverdeado, trazido pelo óleo de açaí.

A embalagem é um potinho de vidro transparente, com tampa dourada, lacrada com uma fita adesiva de papel. O rótulo também é feito de papel, com impressão colorida. Tem 30g e está custando R$38,40 na loja virtual da Fefa Pimenta (https://www.fefapimenta.com.br/). A validade é de 12 meses.

O pote é pequeno, mas o rendimento é ótimo. Como o produto é muito concentrado, quantidades mínimas bastam para cada aplicação.

A entrega aqui no Rio de Janeiro foi feita de bicicleta. Os envios também são feitos para todo o Brasil, pelo correio. Todas as encomendas da marca são embrulhadas sem plástico. Incluem a amostra de algum produto, um recadinho manuscrito e um cartão de papel que contém sementes que podem ser plantadas. O email para entrar em contato com a marca é falecom@fefapimenta.com.br.

Sou cliente frequente da Fefa Pimenta desde a sua fundação, em agosto de 2014. Seis anos de cosméticos, produtos de higiene e perfumes naturais, feitos com muito estudo, experiência, habilidade e responsabilidade. Já escrevi sobre as origens da marca em “Resenha: Sabonete Cupuaçu e Shampoo Sólido Castamuru, da Fefa Pimenta”.

OBSERVAÇÃO: Conforme registrei nessa resenha, o Bálsamo Corporal Cupuaçu, Açaí e Gerânio foi gentilmente enviado pela marca, de presente. Escrevi essa resenha — e adquiri outra unidade do mesmo produto por conta própria — porque fiquei efetivamente muito satisfeita com os resultados.

22 agosto 2020

Resenha: Condicionador Orgânico Brilho Intenso Lavanda, da Urtekram

Elaborado com probióticos, extratos botânicos de babosa, lavanda, salgueiro e magnólia, ácido hialurônico, esqualeno e óleos essenciais, o Condicionador Orgânico Brilho Intenso Lavanda, da marca dinamarquesa Urtekram, é indicado para dar brilho, equilíbrio e hidratação a cabelos normais a secos. O resultado no meu cabelo são fios alinhados, brilhantes e macios.

Condicionador Orgânico Brilho Intenso Lavanda, da Urtekram
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

Os cosméticos da Urtekram estão disponíveis no Brasil desde 2019, graças ao trabalho do Grupo Biouté, uma empresa nacional de importação e distribuição de produtos de beleza e cuidados naturais e orgânicos. É dirigida por Ananda Boschilia, empreendedora com 12 anos de experiência nesse nicho de mercado, e seus dois sócios, Alexandre e Carolina. A loja virtual https://www.bioute.com.br/ faz entregas em todo o país, pelo correio. O SAC é ágil, prestativo e eficiente; minhas dúvidas têm sido tiradas com rapidez e muita simpatia.

Fundada em 1972, numa pequena loja em Copenhague, a Urtekram é uma empresa pioneira nos ramos de cosméticos orgânicos, especiarias orgânicas e alimentos orgânicos. A unidade de produção também está localizada na Dinamarca, na cidade de Mariager. Todos os cosméticos da marca são certificados orgânicos pela Ecocert Cosmos Organic. As formulações são de origem 100% natural e não são testadas em animais. Além disso, os produtos são veganos, com selo da Vegan Society.

A composição desse condicionador de origem 100% natural contém 44% de ingredientes orgânicos ao todo, sendo 78% orgânica se forem descontados água e minerais. Copiei abaixo a lista completa de ingredientes do rótulo e acrescentei os termos correspondentes em português:
Aqua / água, Aloe barbadensis leaf extract* / extrato de folha de babosa*, glycerin** / glicerina**, cetearyl alcohol / álcool cetearílico, coco-caprylate / caprilato de coco, lecithin / lecitina, glyceryl caprylate / caprilato de glicerila, Lactobacillus ferment / fermento do gênero Lactobacillus, Lavandula angustifolia flower extract* / extrato de flor de lavanda*, Salix purpurea bark extract* / extrato de casca de salgueiro-roxo*, Lavandula hybrida oil* / óleo de lavandim*, Rosmarinus officinalis leaf oil* / óleo de alecrim*, Lavandula angustifolia oil* / óleo de lavanda*, Eucalyptus globulus leaf oil* / óleo de folha de eucalipto*, Chamomilla recutita oil* / óleo de camomila*, sodium cetearyl sulfate / sulfato cetearílico de sódio, olus oil / óleo vegetal, cetyl alcohol / álcool cetílico, glyceryl stearate SE / estearato de glicerila SE, Magnolia officinalis bark extract / extrato de casca de magnólia, tocopherol / tocoferol, beta-sitosterol / beta-sitosterol, squalene / esqualeno, sodium hyaluronate / hialuronato de sódio, parfum / perfume, linalool / linalol.
* Ingredient from organic farming / * ingrediente proveniente da agricultura orgânica.
** Made using organic ingredients / ** produzido com ingredientes orgânicos.
O aroma do Condicionador Orgânico Brilho Intenso Lavanda transforma o banho num momento agradavelmente calmante, balsâmico e tonificante, devido aos óleos essenciais de lavandim, alecrim, lavanda, eucalipto e camomila. Sua consistência é cremosa e uniforme, e a coloração do produto é bege.

Seguindo as instruções do rótulo, passo o condicionador no cabelo molhado, massageio os fios e deixo por aproximadamente 3 minutos antes de enxaguar bem. Como meu cabelo é comprido e liso e não é volumoso, desembaraço os fios somente após o banho, o que é bom também para ficar no chuveiro por menos tempo. Gosto de lavar o cabelo todos os dias, sempre com xampu sólido e condicionador. De vez em quando faço umectação com óleos vegetais. Meus fios são do tipo normal, com tendência a oleosidade na raiz.

Está custando R$79,90 no site da Biouté, e vem numa bisnaga roxa, de plástico reciclável, com tampa perolada cinza, contendo 180ml de produto. O formato de bisnaga me agradou bastante, pois é fácil de cortar com uma tesoura quando o condicionador está acabando, e assim consigo usar literalmente tudo, até a porção que fica acumulada em volta da abertura. Embalagens que não podem ser abertas me trazem uma sensação de desperdício, e isso não ocorre com esse condicionador.

Comprei o Condicionador Orgânico Brilho Intenso Lavanda pela primeira vez em dezembro de 2019, agora estou usando minha segunda unidade. Ela foi adquirida em fevereiro de 2020, e veio com um prazo de validade de outubro de 2021. De acordo com a embalagem, a recomendação de uso é de 3 meses após a abertura. Estou utilizando há mais tempo, sem notar qualquer alteração de cor, cheiro, textura ou performance, e já encomendei uma terceira unidade, para quando eu tiver terminado a atual.

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LEIA TAMBÉM:

“Resenha: Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da Trópica Botânica”
“Resenha: Sabonete Argila Vermelha, da Fefa Pimenta”
“Resenha: condicionador Shine & Care Hair Conditioner, da Lavera”
“Resenha: sais de banho Moroccan Rose Bath Salts, da Ravenscourt Apothecary”
“Resenha: tratamento para o cabelo com Óleo de Coco, da Dr. Orgânico, e Óleo de Linhaça, da Jatobá”

12 agosto 2020

Resenha: protetor labial Everon, da Weleda

O protetor labial Everon, da empresa multinacional Weleda, tem uma composição muito especial: óleo de jojoba, cera de abelha, manteiga de karité, três ceras vegetais (de candelila, rosa e carnaúba), extrato de baunilha e extrato de rosa. Apresenta a proposta de fornecer proteção natural e nutritiva para lábios secos e delicados, e de fato deixa os lábios muito macios, com um brilho discreto e incolor. Além disso, esse resultado dura muito, não preciso ficar reaplicando o produto constantemente.

Protetor labial Everon, da Weleda
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

O belo aroma natural de rosa e baunilha, suavemente adocidado, se dissipa pouco tempo após a aplicação. Não tem sabor, o que contribui para que a sensação de usar o protetor labial Everon seja muito confortável. Sempre que passo esse cosmético antes de dormir, acordo sem qualquer sinal de ressecamento. Caso eu estivesse com dermatite atópica na região dos lábios, esse é o protetor que eu usaria. Também é muito eficaz como primer, antes de itens de maquiagem como batom e gloss.

Os produtos e os ingredientes da Weleda não são testados em animais. Cerca de 75% das plantas utilizadas pela empresa são provenientes de cultivo orgânico ou biodinâmico e da extração silvestre certificada, porém essas informações não são especificadas nas composições. O site divulga as listas de ingredientes no padrão internacional INCI, as listas traduzidas em português e um glossário contendo explicações sobre todas as substâncias presentes nos cosméticos da marca.

A formulação do protetor labial Everon é 100% certificada natural e está copiada a seguir. Dermatologicamente testado, não contém insumos derivados de óleos minerais, perfumes artificiais, corantes e conservantes sintéticos.
Simmondsia sinensis (jojoba) seed oil / óleo de semente de jojoba, Cera alba (beeswax) / cera de abelha, Butyrospermum parkii (shea) butter / manteiga de karité, Euphorbia cerifera (candellila) wax / cera de candelila, Rosa damascena flower wax / cera floral de rosa, Copernicia cerifera (carnauba) wax / cera de carnaúba, Vanilla planifolia fruit extract / extrato de fruta de baunilha, Rosa damascena extract / extrato de rosa, citronellol* / citronelol*, benzyl alcohol* / álcool benzílico*, geraniol* / geraniol*, citral* / citral*, eugenol* / eugenol*, farnesol* / farnesol*.
* From natural essential oils / * De óleos essenciais naturais
Está custando R$50,90 na loja virtual brasileira da Weleda (https://www.weleda.com.br/). O preço não é barato, pois reflete o valor dos ingredientes utilizados, o câmbio desfavorável à moeda nacional (situação ainda mais agravada pelas consequências da atual pandemia de covid-19) e as normas do processo de importação no Brasil.

Comprei duas unidades no site da marca, numa promoção realizada em novembro do ano passado. Vou readquirir o produto quando esses itens acabarem, porque na minha opinião ele realmente se destaca no mar de opções de protetores labiais do mercado, e entre os vários que já experimentei.

Além dos ingredientes pouco usuais e dos excelentes resultados, o protetor labial Everon se diferencia por pesar 4,8g, bem mais do que a maioria dos protetores labiais disponíveis por aqui. De consistência firme e ao mesmo tempo fácil de passar, é um bastão amarelinho, que rende muitas aplicações, leva um longo tempo para acabar. Seu prazo de validade é de 24 meses. Vem num tubo de plástico branco, com tampa cor de mel, simples e bem-acabado, acondicionado num cartucho de papel com as mesmas cores e os selos Natrue e IBD Ingredientes Naturais.

Weleda foi fundada na Suíça, em 1921, e está presente em mais de 50 países. A subsidiária do Brasil foi inaugurada em 1959. É a líder mundial na fabricação de produtos farmacêuticos e cosméticos naturais e holísticos para a terapia antroposófica.

Já entrei em contato com o SAC da marca algumas vezes, e as respostas sempre foram rápidas e atenciosas. Quem cadastrar seu email no site recebe 10% de desconto no primeiro pedido. A empresa faz entregas no país todo e oferece frete gratuito em compras acima de R$149,00.

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“Resenha: produtos hidratantes da Linha de Calêndula da Weleda — para bebês e crianças (e adultos também)”
“Resenha: cremes dentais Salt Toothpaste e Plant Gel Toothpaste, da Weleda”
“Resenha: óleo corporal Rose Body Oil, da Dr. Hauschka – para adultos, crianças e bebês”
“Resenha: bálsamo Wild Rose Balm, da Phoenix Botanicals”
“Resenha: Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da Trópica Botânica”
“Loja virtual: iHerb”

03 agosto 2020

Resenha: Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da Trópica Botânica

Em dezembro de 2020 vou completar 9 anos de uso diário de xampus sólidos naturais, e um dos produtos que mais readquiri nesse tempo todo foi o Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da marca brasileira, artesanal e vegana Trópica Botânica.

Indicada para cabelos normais, mistos e oleosos, essa barrinha produzida pela saponificação natural de óleos e manteigas vegetais contém manteiga orgânica de ucuúba e uma alta concentração de óleo de oliva extravirgem, além de uma sinergia de óleos essenciais antissépticos e estimulantes do crescimento (alecrim, menta e capim limão), que proporcionam também uma sensação refrescante. Essa combinação de ingredientes faz com que a espuma desse xampu sólido seja especialmente cremosa, densa e deliciosamente aromática. Deixa o meu couro cabeludo e os meus fios saudáveis, soltos, macios, com brilho e levemente perfumados.

Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta, da Trópica Botânica
Clique na imagem para ampliar [Foto de Michelle C., Tantas Plantas]

A formulação é 100% natural, com 50,04% de ingredientes provenientes de agricultura orgânica. Não contém ingredientes de origem animal e não foi testada em animais. Não há derivados de petróleo, perfumes artificiais, ftalatos, parabenos e nem qualquer outra substância sintética. O óleo de palma utilizado é produzido de forma sustentável e rastreada, com certificado RSPO (Roundtable for Sustainable Palm Oil).

A loja virtual da Trópica Botânica fornece uma descrição detalhada de cada produto da marca, incluindo a tradução de todos os itens das fórmulas. Copiei abaixo a composição desse xampu sólido:
Helianthus annuus seed oil* / óleo de girassol*, Olea europea fruit oil / azeite de oliva (extravirgem), aqua / água, Elaeis guineensis oil* / óleo de palma*, sodium hydroxide / hidróxido de sódio, Virola surinamensis seed butter** / manteiga de ucuúba**, Elaeis guineensis kernel oil / óleo de palmiste, sodium citrate / citrato de sódio, Rosmarinus officinalis leaf oil / óleo essencial de alecrim, Mentha arvensis leaf oil / óleo essencial de menta, Cymbopogon flexuosus leaf oil* / óleo essencial de capim limão*, Rosmarinus officinalis leaf extract / oleorresina de alecrim.
* Cultivo orgânico / ** extrativismo sustentável.
site apresenta também uma explicação muito útil sobre o ingrediente hidróxido de sódio, reproduzida a seguir.
O hidróxido de sódio é uma substância alcalina de origem mineral (obtida pela eletrólise do sal de cozinha) necessária para a reação de saponificação de todos os sabonetes em barra e shampoos sólidos com ingredientes de origem natural. Este composto é totalmente consumido durante a fabricação, sem nenhum resíduo no produto final.
Meu cabelo é longo, liso, do tipo normal, com tendência a oleosidade na raiz, e gosto de lavá-lo com xampu sólido todos os dias. Utilizo condicionador em seguida, desembaraço com um pente de dentes largos após o banho e deixo os fios secarem naturalmente. Mesmo com esse uso frequente, o Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta não me causa ressecamento e nem qualquer outra reação adversa. Simplesmente deixa o cabelo bonito e limpo, com a oleosidade completamente controlada. Sigo sempre o mesmo procedimento:
1. No chuveiro, molho o cabelo inteiro.
2. Passo a barra de xampu sólido (previamente cortada ao meio) por todo o topo da cabeça e nas laterais, fazendo a mais leve pressão possível.
3. Coloco o cabelo todo para frente e passo a barra na parte de trás da cabeça.
4. Molho mais um pouco essa região e massageio todo o couro cabeludo com as pontas dos dedos, formando espuma.
5. Distribuo a espuma pelo comprimento dos fios.
6. Enxáguo bem o cabelo.
7. Aplico condicionador nas pontas e ao longo do terço final dos fios, espalhando-o com os dedos.
8. Enxáguo o cabelo mais uma vez, com bastante água.
Xampus sólidos são excelentes opções para viagens, por serem muito mais leves do que frascos de xampu líquido e pelo fato de poderem ser carregados em malas de bordo.

Cortar o produto em dois ou três pedaços facilita o seu manuseio durante o banho, pois as barras não são pequenas. Os pedaços que não estiverem sendo usados devem ser guardados num lugar fresco, seco e sem incidência de raios solares.

Para que um xampu sólido alcance o máximo de durabilidade, é fundamental mantê-lo numa saboneteira na qual a água escorra bem e não fique em contato direto com o produto.

Usando xampus sólidos naturais há tantos anos, notei que o grau de ventilação do banheiro e o clima também afetam sua consistência e seu rendimento. Quando fico hospedada em lugares com banheiros sem uma boa circulação de ar, deixo a barra no quarto, no intervalo entre um banho e outro, para que ela possa secar bem, pois caso contrário ela tende a amolecer muito e durar menos do que poderia. Nesse inverno passei a fazer isso em casa também, e estou gostando de manter a saboneteira sobre a cômoda, só para aproveitar o aroma dos óleos essenciais sempre que eu estiver no meu quarto.

Tomando esses cuidados, o xampus sólidos podem render muito mais do que frascos comuns de xampu líquido.

Outra característica positiva dos xampus sólidos é o fato de serem multifuncionais — se por acaso um xampu sólido eventualmente não der o resultado desejado no cabelo, ele pode ser perfeitamente usado como sabonete. A descrição desse produto na loja online da Trópica Botânica menciona sua atuação como sabonete para corpo e rosto, além de xampu para barbas. Também utilizo para depilar as pernas com lâmina de barbear.

O fato de ter uma embalagem feita inteiramente de papel reciclado, dispensando o uso de plástico, faz com que o Shampoo Sólido Oliva, Ucuúba e Menta seja ainda mais interessante do ponto de vista da sustentabilidade.

Ele foi o primeiro xampu sólido desenvolvido pela Trópica Botânica, e por coincidência foi o primeiro xampu sólido que eu experimentei dessa marca, em maio de 2017. É preparado no processo de saponificação a frio (cold process).

As barras possuem um tom amarelo claro que combina com a elegante cor verde azulada da embalagem atual. Cada xampu sólido tem pelo menos 130g e está custando R$26,00. A validade é de 18 meses. A loja virtual oferece muitas outras opções, com e sem óleos essenciais, para vários tipos de cabelo.

A empresa faz entregas em todo o Brasil, em caixas de papel, com recheio de papel, fita adesiva de papel e envelope de papel para guardar a nota fiscal, tudo sem plástico. O valor do frete é mais acessível do que o preço que os Correios normalmente cobram, e passa a ser gratuito em pedidos acima de R$200,00. Sempre que possível, as compras são acompanhadas de amostras.

Quem se inscrever na lista de envio da newsletter da marca ganha 10% de desconto na sua próxima compra. O SAC pode ser acessado em https://tropicabotanica.com.br/contato/.

Mais informações sobre a empresa e seus fundadores já foram publicadas no texto “Resenha: Creme Facial, da Trópica Botânica”.

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